ATUALIZAÇÃO DOS VOLUMES EXPORTADOS DE AMENDOIM E DERIVADOS PELO BRASIL ATÉ JUNHO 2021
Boa tarde, gostaria de atualizar os dados divulgados pelo MAPA dos volumes exportados pelo Brasil de Amendoim em Grãos e Óleo Bruto, acumulados até julho de 2021.
Quadro I
Podemos ver pelo Quadro I, que houve uma retração nos volumes exportados no mês de julho 2021, comparado ao mês anterior, de 4.599 tons. tal redução esta sendo atribuída a diversos fatores, como a tardia colheita Brasileira e consequente entrada da safra Argentina, que tem um maior volume e também um melhor marketing neste mercado, já que nossa grande vantagem com relação aos nossos vizinhos é este; nossa safra é mais cedo e fica esta janela até a entrada da produção deles. Outro fator seria os altos custos de frete marítimo, e a redução do cambio, diminuindo assim a competividade em reais, já que os preços internos não estão em sintonia com o mercado externo. o Óleo vem se mantendo constante nestes últimos 4 meses.
Quadro II
Agora observamos os resultados de exportações para os principais destinos. Vemos no quadro 2 que praticamente metade da redução das exportações esta para o mercado Europeu, que reduziu também pela metade quando comparado ao mês anterior. Fato este que demonstra o que dissemos acima sobre a influencia da entrada da safra Argentina no mercado, já que estes são os maiores exportadores para a Europa. Também para a Russia houve uma diminuição de 2.300 tons. o que configurou a redução total em relação ao mês de junho. Os demais Países importadores se mantiveram na mesma faixa de compras.
Quadro III
Com relação ao Óleo, vemos que houve uma pequena redução nos volumes exportados, apesar dos preços internacionais do óleo terem caído neste mês.
Agora gostaria de complementar estes quadros demonstrativos com um comparativo entre os anos de 2021 e 2020, de grãos e óleo para vermos como esta sendo a evolução e demanda destes mercados
Quadro IV
Quando olhamos o quadro IV, vemos que estamos com uma defasagem de mais de 20% exportações de amendoim em grãos para todos os nosso destinos, no período acumulado de janeiro a julho de 2020. isto esta levando a um represamento dos volumes exportáveis no Brasil, que pode vir a achatar mais ainda o preços internos. Neste momento temos um fator que minimiza esta redução dos preços, que é a semente e uma tendência de aumento de área plantada, mas que não irá pressionar os preços por muito tempo, podendo haver uma baixa dos valores cotados e uma tendência de volumes de passagem de estoque altos. Também o clima será determinante para esta visualização dos estoques.
Quadro V
Quando abrimos as exportações de óleo por País, vemos que neste período de janeiro a julho também ouve uma redução considerável, em torno de 14,5% e com vemos no quadro a China, nosso maior importador recuou 36% nas compras. Também com a interferência da safra Argentina que este ano ampliou seus volumes para a moagem para produção de óleo e de farelo, tendo em vista os bons preços deste no mercado, puxado pelo elevados preços do farelo de soja. Agora temos de acompanhar nestes próximos meses, a demanda de amendoim para sementes, os estoques nas mãos dos cerealistas e produtores independentes, o clima e o cambio. Lembrando aos produtores que a próxima safra será de custos elevados, ainda a incerteza do clima, estoque de passagem de amendoim altos. Ou seja de maior risco e de preços mais achatados.