DADOS DE EXPORTAÇÃO DE AMENDOIM E ÓLEO ACUMULADO SETEMBRO 2021
Boa tarde, estamos no inicio de uma nova safra de amendoim, a Paulista já esta plantando e a Mogiana também iniciou sua semeadura com as chuvas de meados de outubro. Temos um cenário bastante complicado nesta safra, com preços de Insumos elevados e falta de defensivos, competição por áreas de plantio e preços de arrendamento de terras altos, fruto da visão do ano anterior. Porém com uma vontade do produtor de expandir sua área. Por outro lado observamos um elevado estoque de passagem da safra passada para 2022, devido ao represamento das exportações nos primeiros meses , como mostrado em posts anteriores e um mercado interno reprimido. Isso tudo, demostra que poderemos ter preços de amendoim achatados para a próxima safra, caso tenhamos uma grande safra. O produtor dever estar atento a tudo isso, procurar analisar bem os custos, pesquisar alternativas de tratamento, não ceder ao impulso de buscar áreas com valores elevados. É melhor produzir muito em uma área menor do que aventurar a aumentar sua área plantada.
Bem, vamos aos dados acumulados de exportações até setembro de grãos e óleo.
quadro 1
Podemos ver nesta quadro 1,que tivemos uma boa elevação nos volumes totais exportados de grãos, em torno de 16%, abaixo vamos abrir para os diversos mercados para melhor visualizar. Já o óleo de amendoim deu uma travada nos volumes exportados, tendo em vista a redução de preços, a logística de desembarque , principalmente na China, e uma tentativa de renegociação por parte dos Importadores dos volumes a receber por causa da queda de preço no mercado internacional de óleo. Os exportadores brasileiros colocaram o pé no freio nos embarques, até a regularização dos volumes enviados e recebimento.
Quadro 2
Nesta quadro, apresento um resumo dos volumes exportados para os principais destinos nos três últimos anos, para avaliarmos o desenvolvimento de nossos mercados. Observamos que de 2019 para cá as exportações de amendoim para o mercado Europeu tem diminuído, gradativamente em relação a outros, no mesmo período vejam que saímos de um percentual de 23,62% em 2019 para 19,76% em 2020 e agora 16,15%. Pode-se atribuir a isso a custos maiores para preparar os lotes para este mercado, apesar do preço mais elevado. Os outros mercados , principalmente a Russia, com preços melhores que dos mercados secundários e menores restrições de qualidade , de controle e de certificações, exigidas na Europa. Incluí a Argélia na planilha desta vez tendo em vista um volume individual considerável.
quadro 3
Nesta quadro gostaria de apresentar um comparativo dos últimos cinco anos de exportações de grãos e óleo de amendoim. Valores acumulados até setembro de cada ano. Vemos estamos tendo uma evolução positiva anualmente, e a partir de 2019 e 2020, com o ingresso de um maior número de empresas aptas a exportar, estamos expandindo os volumes enviado e como disse acima, no quadro dos destinos, estamos abrindo novos mercados para o amendoim brasileiro. Este ano com uma adicional, o valor do dólar em patamares de R$5,30 – 5,40 tem ajudado nas exportações. Neste ano até setembro, vemos uma retração nos volumes quando comparado ao mesmo período de 2020, causa disso, pode ser debitado ao atraso da nossa safra , coincidindo com a safra Argentina , que cria maior competição , principalmente no mercado Europeu, onde são mais representativos, fato observado no quadro 2, onde vemos uma retração grande nesta safra para este destino. Os preços elevados internamente , com produtores segurando seus estoques para tentar preços melhores, também estão fazendo um diminuição destes volumes exportados. Posso acreditar que nos meses de novembro e dezembro, apesar deste último ser mais curto , tenhamos a manutenção da retomada dos volumes exportados de grãos.
Quadro 4
Para finalizar, gostaria de apresentar os dados de exportações de Óleo Bruto, comparando mês a mês, neste ano. Observamos que após uma sequencia de altas, volumes exportados acima de 5.500 toneladas, no mês de setembro ficamos abaixo. Segundo os exportadores, problemas com a redução dos preços no mercado internacional de óleo fizeram com que os produtores brasileiros colocassem o pé no freio.
ATÉ BREVE.